Depois de várias semanas sem escrever decidi voltar ao meu teclado e abordar um tema que julgo seja do interesse de todos os membros do vasto auditório do pintelho mágico, este é ultimatos nacionais.
Ninguém sabe bem porquê mas os outros (os estrangeiros, esses tipos que quando vêm a Portugal passar férias têm a mania de dizer que no país deles é que se tá bem) têm a mania de fazer ultimatos ao nosso país, aqui vai um exemplo que todos os aficionados de história devem conhecer.
Nos finais do século XIX (19, só para quem não sabe numeração romana) o rei português da altura achou que Portugal tava bem na vida e que não tinha preocupações suficientes então decidiu falar com uma série de individuos (conselheiros de decoração) acerca de como arranjar problemas (o país tava na miséria, havia um grande buraco no orçamento, as colónias davam prejuízo mas o país tava bem) e saíram-se com a ideia de ligar Angola a Moçambique unindo as duas costas, ora isto seria muito bonito se não fossem duas coisas, primeiro os ingleses já lá estavam e segundo o mapa que foi feito com esta pretensão apresentava uns bonitos tons de...cor-de-rosa Isto levou a que os ingleses pensassem "ora bem, se estes tipos fazem um mapa cor-de-rosa, das duas uma, ou tão a gozar ou então se a gente lhes fizer um ultimato em 1890 a dizer que os invadimos se continuarem a insistir eles desistem". Assim foi em 1890 os ingleses fizeram o ultimato e Portugal desistiu, 20 anos depois acabava-se a monarquia.
Agora um exemplo actual, ontem o presidente da FIFA, Joseph Blatter, afirmou que apenas esperava até à 2º jornada para ver se o nome do Gil Vicente constava do calendário da liga Bwin.com, caso isso aconteça as equipas nacionais são suspensas das provas internacionais e a selecção do apuramenteo para o europeu de 2008. Analisemos agora os factos, de um lado despromover uma equipa que cometeu uma transgressão e que tem um presidente que é a coisa mais parva (depois da notícia que Jorge Gabriel treina agora o FC Arouca) que anda no futebol, ou então ficar com as equipas e selecção suspensas de competições internacionais por tempo indefinido. Penso que não há muito a reflectir a ver quem, justamente, deverá ganhar este ultimato.
Foi a informação com Joel Bavaco no Pintelho Mágico.
quinta-feira, agosto 31, 2006
Ultimatos: um problema de gerações!!!
sexta-feira, agosto 18, 2006
Carmen
«Que demência nos percorre na loucura de um louco amor egoísta que nos penetra peito a dentro, sangrando a alma roubada pelo beijo da envenenada camélia, que de tão encarnada roubou a cor ao inferno e de tão sedutora roubou o diabo.
És mulher da cor do sangue, com lábios rosados, unhas rosadas, e mamilos rosados, com cabelos negros, pestanas negras, e sobrancelhas negras, e com pele branca, dentes brancos e mãos brancas. És a puta vendida ao diabo. Criança que da inocência foste roubada e a ele vendida. Tornaste-te na meretriz morta aos braços do teu veneno comprado.
És Carmen. Tão simplesmente Carmen, na tua beleza fatal e de desejos tão carnal. És uma camélia enfeitada pelo diabo, perdição de homens e de almas, sempre na busca infundada pela alma vendida. És menina mulher com medo de um mundo e com um preço marcado nos teus pequenos palmos de testa. Cobra o teu corpo, os teus beijos, os teus seios, ameaçando vender a alma já vendida àquele mortal que só a vida pode tirar, e que nos teus braços jamais poderá dar.
És a amante do diabo. És a mulher roubada à vida. És a morte da tua morte. És Carmen.»
quinta-feira, agosto 17, 2006
No fundo do mar, encontro uma concha. Simples. Tão simples como a palma da tua mão cheia de esperança. Seus contornos assemelham-se em tudo os teus. Quando a toco, sinto que toco todas as suas vidas anteriores, sinto a mão de todas as mulheres que sorriram para ela, todas as crianças que com adornaram os seus momentaneos castelos de areia. Seremos vitimas do destino, quando nos juntaram? ou será um rasgo de imprevisiblidade e de acaso que nos junto...a minha pele e a tua forma?
Ás vezes na solidão auto-inflingida das noites de verão, procuro a companhia das recordações. Deitado na areia, relembro sentimentos e palavras perdidas no tempo. O vento produz a sua dança e pela mão leva a minha alegria. Leva-a para bem longe, tão longe, que me sinto nu e triste. Despedido de desejos e ambições novas. Assemelho-me a um velho que revê as fotos da sua juventude, a procura de traços existenciais que há muito perdeu.
segunda-feira, agosto 14, 2006
sexta-feira, agosto 04, 2006
Por onde andas tu? entre que flores?
Com as tuas mãos cobertas da humildade da terra e com os pés sujos de simplicidade. Abraço-te em silêncio e na penumbra da nossa forma, na sensatez de uma paixão. Na efemere revolta de marcar a minha diferença, perdi-te. Procurei por entre as tuas flores, outrora minhas, antigamente nossas.
Por onde andas tu?
Com as tuas mãos cobertas da humildade da terra e com os pés sujos de simplicidade. Abraço-te em silêncio e na penumbra da nossa forma, na sensatez de uma paixão. Na efemere revolta de marcar a minha diferença, perdi-te. Procurei por entre as tuas flores, outrora minhas, antigamente nossas.
Por onde andas tu?
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