quinta-feira, agosto 17, 2006

Ás vezes na solidão auto-inflingida das noites de verão, procuro a companhia das recordações. Deitado na areia, relembro sentimentos e palavras perdidas no tempo. O vento produz a sua dança e pela mão leva a minha alegria. Leva-a para bem longe, tão longe, que me sinto nu e triste. Despedido de desejos e ambições novas. Assemelho-me a um velho que revê as fotos da sua juventude, a procura de traços existenciais que há muito perdeu.

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