terça-feira, fevereiro 27, 2007

Wiccas


"Wicca é uma religião neopagã, divulgada e denominada originalmente pelo funcionário público britânico Gerald Gardner. Embora essa fundação tenha ocorrido provavelmente na década de 1940, só foi revelada publicamente em 1954." (claramente, embora se estivesse na Segunda Grande Guerra Mundial este senhor não tinha puto para fazer nem coisa mais importante com que se preocupar...)



Bom... podemos começar por revelar que a wicca é uma "religião" na qual:



- todos os indivíduos são bruxos (mas é preciso ressalvar que nem todos os bruxos são wiccas);

- o fundador era funcionário público( mas à que dizer que nem todos os funcionários públicos são fundadores da wicca);

- a definição não se refere ao que eles são mas sim ao que não são;

- não adoram o diabo (mas os seus deuses têm cornos);

- não encorajam a prática de órgias ou consumo de drogas (boring......);

- afinal o que é ser neo-pagão?????

- afinal o que são os wicca???

- E como puxam eles a lua para baixo???

- A sua lei mais importante é a lei tríplice (será que não se inspiraram num banco?) em que referem que tudo o que se der voltará em triplo (e isso inclui IRS, meninas e meninos da vida e copos de tinto??)

- Não são contra nenhuma religião, nem a favor (já vi a partilha de pão e vinho noutro filme!!!)

- Alguns "solitários" reunem-se em "encontros" (tipo alcoólicos anónimos mas para bruxos, já estou a imaginar "Boa noite, eu sou o Judas Manel e..........sou um wiccano" e desata num berreiro desalmado);

- Ouvi falar numa história em que um Deus baixa sobre a alta sacerdotisa (e dizem eles que não são a favor de bacanais, malucos...)

Os membros do pintelho esperam ansiosamente pelo Sr. Amilcar José, funcionário na repartição de finanças de Figueiró dos Vinhos, que anda a reflectir na criação duma nova seita...ups religião, a que dará o nome de, sejamos originais, picca, uma religião neo-cristã, cujos indivíduos serão gordos, barbudos, com pêlos nos ouvidos e fungos nas unhas dos pés (psoríase basicamente).


By Joel Bavaco e Nella Leitinho

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

demito-me para me recandidatar

no meio do atlantico, encontramos uma ilha, onde vive um senhor, que passa a vida a ameaçar com a independencia, que chama ao continente atrasados e cubanos, etc e tal;

o governo do continente, obrigou-o a controlar as despesas, e o senhor fez birra, anunciou que se vai demitir, mas.. vai voltar já a seguir!

que ganha este senhor com isto tudo? além de gastar o dinheiro dos contribuintes (do continente claro)
ganha cerca de um mês e meio de publicidade, todos os dias, durante os próximos 50 dias +/-, vamos ouvir o Sr. Jardim a dizer-nos como o governo do continente nao presta, e nos os cubanos nao servimos para nada.

depois ele ganha as eleiçoes, e diz que isso significa que o povo madeirense esta com ele, e é ve-lo a ameaçar com a independencia outra vez.

até era bom que ele a declare, assim tinhamos uma desculpa para invadir a madeira e limpar o jardim..

(que belo trocadilho...)

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Nos carris passou um momento...


«A proximidade dos lábios entreabriu as almas. Os sentidos perderam-se num comboio sem destino especificado e com destino a uma terra mergulhada num passado congelado. Do ar recebiamos agressões palpáveis. Milhares de partículas de desejo eram inaladas pelos nossos narizes, poros, olhos, estomagos, bocas, e, suave e provocadoramente, faziam cocegas nas comissuras dos nossos lábios. Levantámos voo num desejo de páginas corridas. Situamo-nos como acidentes prestes a acontecer. Como ondas selvagens e galopantes num mar sem rédeas. Os corpos gritavam por mergulhar nos ecos da saudade. Os iguais reconhecem-se assim como os nossos sexos opostos se atraíam. Clamavamos um pelo outro, acima de um tudo, que afinal não se revelou tudo... Com resignação quebrámos o caminho aberto pela essência humana e erguemos as muralhas tão protectoras, mas não tão seguras. Tornamo-nos estátuas de desconhecidos com diamante em bruto escondido. Bem escondido lá dentro, não fosse o mundo descobri-lo e quer fundi-lo.»

domingo, fevereiro 11, 2007

Obrigado Valete






Valete - Anti-herói

Valete
Los que le cierran el camino a la revolución pacífica,
le abren al mismo tiempo el camino a la revolución
violenta


Só se pode fazer isto uma vez

Eu cresci num quarto trancado com livros de Marx e
Pepetela
Alimentado por parágrafos de Nélson Mandela
Foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo
Este foi o som que eu inalei na voz de Zeca Afonso

Ninguém me separa deste Guevara que eu tenho em mim
E podes ver na minha cara a raiva de Lenine
Eu choro este sangue que devora o espírito
E choca os mais sensíveis, e torna-me um monstro como
Estaline

Valete aka Ciclone Underground, nigga
O filho do bastardo da vossa opressão, nigga
Eu tenho nos meus olhos a cor da insurreição, nigga
Eu sou mau quando me metes com o microfone na mão
(tshk hun)

Eu desenterro vítimas de genocídio capitalista
E levo mais comigo para a rebelião
Eu sou o primeiro a marchar para esta revolução
Tu és o primeiro a bazar na hora da intervenção

Eu vim para ressuscitar o ........... (?) de Arafat
E os nossos homens de combate através desta canção
Pai, eu tatuei no meu peito a tua imagem
Para respirar através dela a tua batalha e a tua
coragem

Hoje eu trago nos meus braços a tua alma e a tua
mensagem
E as escumalhas não sabem que jamais irão levar
vantagem
Nós vestimos a farda de Xanana
E levamos drama do terceiro mundo à casa branca

Chillamos com a mesma gana de tropas em Havana
E com a resistência suburbana dessa convicção cubana
Toma esta ira psicopata deste filho de Zapata
Activismo de vanguarda é o registo de som

Eu trago a obstinação com que Luther King abalou
E a mesma solução todo o meu people sonhou
Eu sou aquele mundo novo que Amália cantou
Esboço desse sofrimento todo meu povo guardou

(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará

Enquanto eu me enveneno com este rancor
Vou pondo balas no carregador para abater esses
opressores
Esta é a missão dos peronistas, concebi na hora
Com a determinação que herdei da minha progenitora

Ninguém pára a frente armada que eu comando agora
Combate a escória na alvorada como fez Samora
Eu trago nesta oratória a história dos filhos que
viram a morte inglória dos pais
Enquanto anseiam a desforra

Na Palestina, no Cambodja, Vietname, Angola
No Iraque, Na Somália, Afeganistão e Bósnia
Esse é o grito desse mundo que chora e implora
Pela justiça dos homens porque já viram que Deus não
acorda

Vítimas de quem fez de todo o mundo seu património
A hipocrisia assassina do FMI e da ONU
É o povo anónimo cobaia de liberalismo económico
Que sai das amarras eufórico para combater o demónio

Eu sou aquele que vocês chamaram de fundamentalista
Quando eu disse que era um trotskista belicista
Posicionei-me assim contra a América imperialista
Aqui está o vosso camicase terrorista

Farto de vos ver sentados, manipulados
Por uma televisão que vos deixa impávidos e
formatados
Asnáticos inconformados, fechados e enganados
Revoltados e atrasados, inválidos e atordoados

Nós estamos do lado contrário nesta jornada cheia de
gente angustiada
Traumatizada por um passado onde foram pisadas,
martirizadas
Apedrejadas, excluídas, extorquidas, extropriadas
Despidas por uma brigada

[Desarmada de parasitas devastaram arrasaram vidas
E agora vão pagar com a descarga desta entifada
Criada pelos homens que vocês ..... (?)
E sobraram para vingar aqueles que não vingaram

(Refrão)
Eu sigo este caminho que o ódio abriu para mim
E serei um dos guerreiros que aplaudirão no fim
Este é o som da revolução que em breve chegará
Eu sou anti-herói, que nunca se renderá
Eu sou um dos filhos deste mundo que a luta inspirou
No mesmo trilho da mensagem que Cabral deixou
Esta é a voz da justiça que um dia se afirmará
Eu sou o anti-herói que o povo aclamará