Fadas...

Um filme que não queria ter visto antes, nem que desejava ver mais tarde. Vi-lo simplesmente neste momento, com esta idade, nesta noite, e assim tinha de o ser.

Eu acredito em fadas.
Acredito nas sininhos para cada menino e menina. Acredito na sua magia e na sua luz. Elas voam. Vão e voltam. Brilham no escuro como as estrelinhas e são rápidas como as estrelas cadentes.
Elas são os nossos desejos, que pedimos e lançamos à noite. Elas são as guias para as terras do nunca, e que com os pozinhos dourados nas fazem voar pelo mundo de sereias, índios, piratas, crocodilos com relógios no estomâgo, cadelinhas como amas,... Elas são os nossos sininhos, que badalam em silêncio à noite, pois por mais ninguém são ouvidos para além de nós próprios.
Contudo, quando as estrelas não passam e perdemos as flores pequeninas dos olhos, as Estrelas Namárie,... deixamos de voar e ser meninos que nunca crescem. Perdemos o medo de piratas. Esquecemos o espírito dos índios que nos incendeiam o espírito em comunhão com a nossa mais profunda natureza. Tornamo-nos imunes à beleza das sereias e julgamo-nos nós mesmo sereias.
E assim as fadas morrem. Os sininhos perdem as músicas, e simplesmente deixamos de ser meninos ou meninas.
Perdemos aquilo que nos guia pela terra do nunca. Perdemos a nossa madrinha com o bater da meia noite. Perdemos o pó para levantar voo e continuar... continuar a viver na terra do nunca.
Mas isto não pode acontecer. Porque elas existem. Ela é a minha guia desde menina. Porque ela é o meu sonho, e a minha guia na escuridão da real terra do nunca.
Por isso... eu acredito em fadas.