Espero para a semana que vem poder escrever outro post sobre este tema.
Quero aproveitar uma oportunidade que me surge de sentir nos olhos e desejar ardentemente acariciar aquelas telas de espírito, aquelas telas de fim de alma, tão profundas como a própria ignorância do ser humano quanto ao tudo que julga saber.
Se ela é surrealista, não sei. Se a sua obra é vanguardista, também não sei. Acho que não tem mais nenhum estilo do que aquele que a vida lhe impôs, aquele que ela conhece melhor que ninguém. Frida Kahlo tem o dom que todos nós temos: a vida de um ser humano como os outros, a vida de uma mulher do seu tempo, a vida de uma mulher mergulhada nas maresias das dores e doenças, a paixão reluzente dos vários amantes homens e mulheres, o amor pelo único ser gémeo da sua vida.
Frida Kahlo é um exemplo da descoberta da própria profundidade humana. Ela conquista a sua alma a pouco e pouco, lutando contra as tribos de dores, chorando os desejos mais básicos da natureza humana.
Através das suas telas vejo uma pessoa que não sei se é boa ou se é má. Se tinha razão ou não tinha. Se tinha a arte na ponta dos dedos ou não. Só sei que nas telas vejo uma alma, que grita e berra o seu sofrimento, que nos conta a sua história e não a de outro alguém impossível de contar com tanta veracidade. A sua obra é simplesmente Frida Kahlo.
Sem comentários:
Enviar um comentário