A ilusão do tempo
Aprisionado nos cofres de um templo,
Onde o badalau do sino ecoa
Como o mar é perfurado por uma proa
De uma águia pequena e matreira
Que só é vista por quem ela queira.
Nos confins das luzes brilhantes
Que te vestem de noite... tão cintilantes...
Nua me percorres vale a vale...
Percorrendo cada quilómetro de pele,
Incendiando os achados com a barbaridade
Da crueldade contida nessa tua verdade
Em que és dona dos gestos e do olhar,
Desses seios que como penas parecem levitar.
No fogo inquieto dos teus olhos arde o meu inferno
Que um dia confundi com o paraíso tão terno,
Onde desejei mergulhar sem parar
E perder-me nos círculos desse teu abrasar.
Fogueira que lentamente devoras lenhas
Impedindo sempre que alguém te tenha
Pois és dona do teu sol e do teu luar
Numa fuga da vida do eterno amar.
És medrosa do pior medo: o medo.
Contudo, és guerreira que partiu tão cedo
Do alcance daqueles que te pintaram
Dos olhos que te amaram
E dos homens que te desejaram.
Dona... de beijos traiçoeiros...
Mas que sempre serão verdadeiros
Para a tua realidade lógica
E para a nossa loucura tão erótica...
M.Maratha
2006/07/11
sexta-feira, julho 14, 2006
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2 comentários:
bem bunito... :)
mais uma vez puseste à prova o meu sexto sentido...sabes dizer as palavras que só os mais sábios sabem soletrar...
eu gosto... mas tem tantos erros ortográficos!! um texto com esta qualidade merecia um bocadinho mais de atenção na escrita... é só uma opinião!
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